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É uma droga dissociativa, o que significa que os seus efeitos levam a que haja uma reação desconectada com a realidade que pode resultar em ações não intencionais e comportamentos violentos. A sua marca de toxicidade é observada pela ilusão recorrente de força sobre-humana e invulnerabilidade resultante tanto das suas propriedades anestésicas como dissociativas[1]. A alteração comportamental é responsável por traumas e pela maioria das mortes em casos de intoxicação, já que a morte devido a efeitos diretos é rara [2].

Há relatos de casos de pacientes que saltaram de grandes altitudes, que lutaram com grandes multidões e até casos de automutilação[1]. Por outro lado, as causas de mortes não traumáticas mais comuns incluem paragem cardiorrespiratória, paragem respiratória primária e hemorragia intracranial[3].

Doses até 5mg normalmente produzem efeitos mais suaves enquanto doses de 10mg ou mais desencadeiam comportamentos mais intensos. Doses muito altas podem levar a coma, convulsões ou morte[4].

SINTOMAS

Efeitos a curto prazo[4]:

* Diminuição da perceção de dor;

* Descoordenação motora;

* Visão turva e miose;

* Rigidez muscular;

* Dificuldade de concentração;

* Euforia leve a intensa;

* Relaxamento ou sonolência;

* Ansiedade, agitação e depressão;

* Pensamentos paranóicos;

* Confusão e desorientação;

* Comportamento violento e bizarro;

* Respiração lenta, irregular e superficial;

* Salivação, náuseas, vómitos;

* Delírios e medo avassalador de morte iminente;

* Alucinações visuais e auditivas e outras distorções sensoriais;

* Dissociação da realidade e do ambiente em que se encontra;

* Noção distorcida do tempo, do espaço e do próprio corpo;

* Perturbações da fala, desde dificuldade em articular frases até incapacidade de falar;

* Aumento da temperatura corporal e sudorese, alternada com calafrios e tremores;

* Batimentos cardíacos irregulares e alternância entre pressão arterial extremamente elevada e extremamente baixa.

Efeitos a longo prazo[4]:

* Psicoses tóxicas;

* Perda de memória;

* Exclusão social e isolamento;

* Perturbações permanentes da fala;

* Depressão e ansiedade crónicas, que possivelmente poderão levar a tentativa de suicídio;

* “Flashbacks”, correspondem a memórias de curtos períodos de tempo, no qual estavam sob influência da droga;

* “Runs”, correspondentes a períodos em que os consumidores crónicos consomem PCP 2 ou 3 vezes por dia, sem comer ou dormir, seguido por um período de dormida.

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[1] Goldfrank, L.R., Goldfrank's Toxicologic Emergencies 9th Ed. 2011., McGraw-Hill, New York, N.Y., p. 1196

[2] http://www.cesar.umd.edu/cesar/drugs/pcp.asp

[3] Dart, R.C. (ed). Medical Toxicology. Third Edition, Lippincott Williams & Wilkins. Philadelphia, PA. 2004., p. 1108

[4] http://www.cesar.umd.edu/cesar/drugs/pcp.asp

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